Coluna do Moi

A solução para Mano vem de Madrid

 

Arrisco-me, nesta minha estreia, falando sobre a Seleção Brasileira um dia após a vitória sobre a arquirrival Argentina na final do Superclássico das Américas pra tratar de um assunto que é muito falado por todos: o que Mano Menezes precisa fazer pra fazer o Brasil jogar? Afinal, todo brasileiro tem um pouco de treinador de futebol.

Analisando-se o time e o plantel que foi chamado para as partidas contra Costa Rica e México, muitas conclusões podem ser tiradas, mas uma delas me parece que deveria ser unânime mas ninguém fala: onde está Kaká?

Kaká já participou de três Copas e já foi escolhido o melhor jogador do mundo

O atual dono da camisa 8 do Real Madrid é indiscutivelmente um jogador fora de série. Passou muito tempo no ostracismo em função de lesões gravíssimas, inclusive uma crônica, mas esse início de temporada voltou zerado, novo. Treinou toda a pré-temporada com o grupo madrilenho e vem voltando a mostrar o futebol que lhe rendeu toda a fama que ele conquistou até hoje, inclusive sendo considerado o melhor jogador do mundo em 2007.

A presença de Kaká torna-se imprescindível em um meio-campo completamente estéril de criatividade coletiva, visto que Ganso não teve a capacidade de repetir suas incríveis atuações pelo Santos, quando vestiu o manto amarelo. Lucas também não é o tipo de jogador que pode cobrir a falta que faz Kaká, além de não ter conseguido atuar na Seleção Principal (o jogo de ontem não conto como seleção principal) com a qualidade que apresentou na Seleção Sub-20.

Kaká em ação pelo Real Madrid na última terça-feira: o jogador está em forma e jogando bem

Ainda, Kaká é um jogador que já esteve em três Copas do Mundo podendo agregar experiência a um grupo com uma média de idade baixa e com pouca prática em competições internacionais vestindo a amarelinha principal.

A possível (e, no momento, melhor) solução para o abalado, contestado e ilógico Mano Menezes mora, então, em Madrid. O ex-são-paulino Kaká é o que falta para abastecer o ataque e encaixar o meio-campo já qualificado mas que carece, e muito, de sua qualidade técnica, tática, individual e, principalmente, coletiva.

Moisés Lucchese Mendes

Colunista do Blog Gol em Gol