A Entrevista Exclusiva desta semana traz um bate-papo com o atacante Segundinho, jogador alagoano com passagens pelo futebol sueco e pelo futebol japonês. Segundinho, que voltou ao país para resolver assuntos pessoais, está sem clube, mas nos falou sobre as suas experiências na Europa e na Ásia e sobre a sua carreira de jogador profissional de futebol. Confira:
Nome: Fernando Antonio Targino Gama Segundo
Idade: 24 anos
Posição: Atacante
Pé preferido: Direito
Naturalidade: Maceió-AL
Altura: 1,71 m
Peso: 65 kg
Clube: sem clube
1 - Segundinho, como e onde você iniciou a sua carreira no futebol?
Eu iniciei pelo Agrimaq, em Maceió.
2 - Por quais clubes você jogou profissionalmente?
Eu me profissionalizei pelo Murici, em Alagoas, e depois fui para Suécia, onde joguei pelo IFK Retivik e pelo Fernas SK. No Japão, atuei pelo IEC Kumamoto e ao regressar ao Brasil, joguei pelo Comercial.
3 - Você já jogou na Suécia e no Japão. Por qual dos dois países mais se adaptou?
Na Suécia, pois fiz grandes amizades, o que ajudava a me segurar nos momentos difíceis, e o estilo de vida não se diferencia tanto do Brasil. No Japão é tudo o oposto do que você já viveu, você tem que aprender tudo novamente. alimentação (apesar de gostar da culinária japonesa), costumes, religião... tudo é muito diferente. Tem que tentar se adaptar de toda as formas.
4 - E as dificuldades. Quais foram?
Acho que a distância é o que pesa mais, mesmo com a facilidade da internet, nunca é a mesma coisa. Estar longe das pessoas que realmente gostam de você, quando bate a solidão não ter um amigo pra conversar e sua família pra te dar um abraço faz você pensar muito em retornar pra casa, mas quando você está em campo, treinando ou jogando, aquilo ali satisfaz o seu desejo de correr atrás dos seus objetivos e superar tudo. A comunicação também complica um pouco, talvez por isso tenha me adaptado mais a Suécia porque todo mundo fala inglês e no Japão, onde eu estava tinha poucos brasileiros e a maioria das pessoas não falavam outro idioma além do japonês.
Eu iniciei pelo Agrimaq, em Maceió.
2 - Por quais clubes você jogou profissionalmente?
Eu me profissionalizei pelo Murici, em Alagoas, e depois fui para Suécia, onde joguei pelo IFK Retivik e pelo Fernas SK. No Japão, atuei pelo IEC Kumamoto e ao regressar ao Brasil, joguei pelo Comercial.
3 - Você já jogou na Suécia e no Japão. Por qual dos dois países mais se adaptou?
Na Suécia, pois fiz grandes amizades, o que ajudava a me segurar nos momentos difíceis, e o estilo de vida não se diferencia tanto do Brasil. No Japão é tudo o oposto do que você já viveu, você tem que aprender tudo novamente. alimentação (apesar de gostar da culinária japonesa), costumes, religião... tudo é muito diferente. Tem que tentar se adaptar de toda as formas.
4 - E as dificuldades. Quais foram?
Acho que a distância é o que pesa mais, mesmo com a facilidade da internet, nunca é a mesma coisa. Estar longe das pessoas que realmente gostam de você, quando bate a solidão não ter um amigo pra conversar e sua família pra te dar um abraço faz você pensar muito em retornar pra casa, mas quando você está em campo, treinando ou jogando, aquilo ali satisfaz o seu desejo de correr atrás dos seus objetivos e superar tudo. A comunicação também complica um pouco, talvez por isso tenha me adaptado mais a Suécia porque todo mundo fala inglês e no Japão, onde eu estava tinha poucos brasileiros e a maioria das pessoas não falavam outro idioma além do japonês.
5 - O futebol brasileiro, o sueco e o japonês, quais são as principais diferenças entre eles?
No Brasil, hoje, o futebol é muito competitivo, mesmo tendo jogadores que se diferenciam em algumas equipes, é equilibrado. Mas aqui, acredito que chega mais longe quem está melhor fisicamente, o time que tiver melhor de perna tende a chegar mais longe, contando com um elenco de qualidade logicamente. No futebol sueco, eles são muito fortes, abusam da força, a qualidade técnica não é tão grande, apanhei muito por lá, eles deixam o jogo seguir muito e dificilmente marcam falta, o jogo é mais truncado. No japonês, eles correm demais, tem jogadores muito inteligentes, mas a maioria usa mais a velocidade. A grande vantagem que os japoneses tem hoje é a disciplina, se o treinador mandar um lateral ir no fundo e cruzar 200 vezes no treino, ele faz as 200 sem reclamar. Aqui no Brasil o jogador já fica de ''biquinho'' achando que sabe mais que o treinador, por isso acho que o futebol japonês vem numa ascensão muito grande e em breve será uma das forças do futebol.
Enfim, pude aprender um pouco em cada canto, juntando essa experiência para aproveitar da melhor forma.
No Brasil, hoje, o futebol é muito competitivo, mesmo tendo jogadores que se diferenciam em algumas equipes, é equilibrado. Mas aqui, acredito que chega mais longe quem está melhor fisicamente, o time que tiver melhor de perna tende a chegar mais longe, contando com um elenco de qualidade logicamente. No futebol sueco, eles são muito fortes, abusam da força, a qualidade técnica não é tão grande, apanhei muito por lá, eles deixam o jogo seguir muito e dificilmente marcam falta, o jogo é mais truncado. No japonês, eles correm demais, tem jogadores muito inteligentes, mas a maioria usa mais a velocidade. A grande vantagem que os japoneses tem hoje é a disciplina, se o treinador mandar um lateral ir no fundo e cruzar 200 vezes no treino, ele faz as 200 sem reclamar. Aqui no Brasil o jogador já fica de ''biquinho'' achando que sabe mais que o treinador, por isso acho que o futebol japonês vem numa ascensão muito grande e em breve será uma das forças do futebol.
Enfim, pude aprender um pouco em cada canto, juntando essa experiência para aproveitar da melhor forma.
6 - Por ser brasileiro você foi tratado diferentemente dos seus companheiros nesses países?
Sim, mas de uma forma positiva. Por ser brasileiro, eles acham que você e mais 1 ou 2 companheiros vão resolver a situação. Se o clube está bem, é porque todo o time tem qualidade e se está numa situação ruim, é culpa dos brasileiros que não estão trazendo o resultado. Querendo ou não, tem uma cobrança forte por razão da sua nacionalidade. Mas acho essa cobrança boa, faz você querer sempre estar bem, sempre estar mostrando. 7 - Neste momento você está sem clube, certo? Você já tem propostas avançadas do Brasil ou do exterior?
Sim. Tenho proposta de fora do Brasil. No momento tem uma pessoa que está tomando a frente disso.
No IFK Retivik, da Suécia (foto: arquivo pessoal) |
8 - Qual o jogo mais importante da sua carreira até o momento?
A final da liga de Kyushu, no Japão, nós perdemos, mas serviu pra eu aprender muito. Eu estava bem demais no jogo. Saímos perdendo de 1 a 0 e empatamos no segundo tempo. No finalzinho do jogo eu chutei no canto e o goleiro meteu pra escanteio. Até hoje me pergunto como aquela bola não entrou. Depois disso, acabou e foi para os pênaltis. O primeiro pênalti eu bati e perdi. Na sequência, o nosso capitão também perdeu. Naquele momento, fui do céu ao inferno muito rápido, tava sendo o nome do jogo e de repente virei o vilão. Mas tudo serviu como aprendizado. Fiquei triste, mas hoje vejo pelo lado positivo. Aprendemos mais nas derrotas que nas vitórias, tinha ouvido isso, mas depois desse dia, vi o quanto era verdade.
9 - E um gol inesquecível que você fez?
O meu primeiro jogo pelo Fernas, da Suécia. Eu estava querendo mostrar serviço e aquele nervosismo normal, sem saber se ia agradar ou não. Começou a dar tudo certo. No primeiro tempo fui tentar cruzar uma bola, pegou errado e foi direto para o gol. Foi sem querer, mas ficou guardado na minha cabeça até hoje. Foi um gol importante porque ajudou a aumentar a minha confiança.
A final da liga de Kyushu, no Japão, nós perdemos, mas serviu pra eu aprender muito. Eu estava bem demais no jogo. Saímos perdendo de 1 a 0 e empatamos no segundo tempo. No finalzinho do jogo eu chutei no canto e o goleiro meteu pra escanteio. Até hoje me pergunto como aquela bola não entrou. Depois disso, acabou e foi para os pênaltis. O primeiro pênalti eu bati e perdi. Na sequência, o nosso capitão também perdeu. Naquele momento, fui do céu ao inferno muito rápido, tava sendo o nome do jogo e de repente virei o vilão. Mas tudo serviu como aprendizado. Fiquei triste, mas hoje vejo pelo lado positivo. Aprendemos mais nas derrotas que nas vitórias, tinha ouvido isso, mas depois desse dia, vi o quanto era verdade.
9 - E um gol inesquecível que você fez?
O meu primeiro jogo pelo Fernas, da Suécia. Eu estava querendo mostrar serviço e aquele nervosismo normal, sem saber se ia agradar ou não. Começou a dar tudo certo. No primeiro tempo fui tentar cruzar uma bola, pegou errado e foi direto para o gol. Foi sem querer, mas ficou guardado na minha cabeça até hoje. Foi um gol importante porque ajudou a aumentar a minha confiança.
10 - Na infância você torcia para qual time? Torce até hoje?
O CRB e continuo torcendo, tenho amigos lá que jogaram comigo. Como estou na minha cidade, vou ver a final do Alagoano como torcedor mesmo.
No Falu FK, da Suécia (foto: arq. pessoal) |
11 - Qual seu ídolo no futebol?
Clécio e Eli Sabiá. ambos zagueiros, mas que representam muito pra mim, por suas atitudes e pela humildade. O lado humano desses dois eu nunca vi igual. Pena que o meu grande amigo Clécio não esteja mais nos gramados, está jogando no time do céu (ele faleceu um dia depois de um jogo, quando estava no ASA de Arapiraca).
12 - Você tem um sonho que deseja concretizar na carreira?
Eu procuro apenas fazer o que eu gosto, jogar futebol. O resto entrego nas mãos de Deus, creio que Ele tem um plano na vida de cada um de nós. O que for acontecendo eu tento enxergar da melhor forma.
13 - O que você espera para 2012?
Que uma pessoa muito especial pra mim fique bem de saúde, para que eu possa seguir com a cabeça tranquila. Só isso! O resto, depois a gente corre atrás.
14 - Quais as dicas que você deixa para os garotos que sonham em ser um jogador profissional?
Apenas acredite, bote na cabeça que é capaz, se jogue mesmo. Seja humilde e tente chegar nos seus objetivos sem passar por cima de ninguém. E sempre peça a Deus que Ele guie seus passos.
Clécio e Eli Sabiá. ambos zagueiros, mas que representam muito pra mim, por suas atitudes e pela humildade. O lado humano desses dois eu nunca vi igual. Pena que o meu grande amigo Clécio não esteja mais nos gramados, está jogando no time do céu (ele faleceu um dia depois de um jogo, quando estava no ASA de Arapiraca).
12 - Você tem um sonho que deseja concretizar na carreira?
Eu procuro apenas fazer o que eu gosto, jogar futebol. O resto entrego nas mãos de Deus, creio que Ele tem um plano na vida de cada um de nós. O que for acontecendo eu tento enxergar da melhor forma.
13 - O que você espera para 2012?
Que uma pessoa muito especial pra mim fique bem de saúde, para que eu possa seguir com a cabeça tranquila. Só isso! O resto, depois a gente corre atrás.
14 - Quais as dicas que você deixa para os garotos que sonham em ser um jogador profissional?
Apenas acredite, bote na cabeça que é capaz, se jogue mesmo. Seja humilde e tente chegar nos seus objetivos sem passar por cima de ninguém. E sempre peça a Deus que Ele guie seus passos.
Veja alguns lances de Segundinho no vídeo abaixo:
O Blog Gol em Gol agradece a atenção de Segundinho.
Comeh q eh Segundinho meu boleiro fera d+... a galera aki do IFK Rättvik ta sentindo sua falta meu qrido... Vc foi embora e deixou uma lacuna... agr a dificuldade ta imensa pra encontrar o caminho das redes. NeyMagnus ta no DM e so volta em algumas semanas... Tivemos tbm uma passagem louvavel pelo Färnäs SK. Vc sabe neh meu qrido... brasileio bate na bola d um jeito diferente. Abraco irmão e fica com DEUS... O M9 ta mandandu lembranca! Eh nois muleki doido. =) A Suécia senti sua falta "Sigger". =P
ResponderExcluirGUNDO VOLTE PARA FACULDADE VOCÊ É MUITO INTELIGENTE SUA TIA QUE TE AMA MUITO CYBELLE
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