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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Atlético-PR e Palmeiras empatam jogo de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil

O Atlético-PR teve chances de matar o jogo no primeiro tempo, não aproveitou, e o Palmeiras se valeu de sua maior qualidade para buscar duas vezes o resultado e sair de Curitiba com um empate por 2 a 2 nesta quarta-feira, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Na base da vontade e confiando em Guerrón e Liguera, o Furacão ficou à frente no placar em duas oportunidades, não fez o terceiro gol por pouco, e viu a reação alviverde com um golaço de Maikon Leite no segundo tempo.

Empate com gols é melhor para o Palmeiras (foto: globoesporte.com.br)

O resultado se encaixa dentro do que o Palmeiras desejava para o jogo de ida, na Vila Capanema: vitória ou empate com gols. Na próxima quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), em Barueri, o time de Luiz Felipe Scolari poderá empatar por 0 a 0 ou 1 a 1 para ficar com a vaga nas semifinais. O Furacão precisa vencer ou empatar por mais de três gols para evitar a eliminação.

Para o Palmeiras, a má notícia é a suspensão do atacante Hernán Barcos, que voltou a marcar depois de quatro jogos, mas levou o terceiro cartão amarelo e fica fora do jogo decisivo. Não há um substituto no elenco para o argentino, artilheiro alviverde na temporada com 11 gols.

Antes, porém, as duas equipes têm compromissos pelo Campeonato Brasileiro. Na Série A, o Palmeiras estreia no sábado contra a Portuguesa, às 18h30m, no Pacaembu, Na Série B, o Atlético visita o Joinville também no sábado, às 16h20m.

Gringos dão o tom, e Furacão sai em vantagem


Em campo dois gringos para cada lado: Valdivia e Barcos no Palmeiras, Liguera e Guerrón no Atlético. No banco, outro gringo, o uruguaio Juan Ramón Carrasco, pedia que o Furacão forçasse as jogadas pelo lado direito do ataque, nas costas do lateral-esquerdo Juninho e explorando a velocidade e força física de Guerrón. Por ali, o equatoriano infernizou a desfalcada defesa palmeirense – Henrique, o pilar da defesa, estava suspenso.

Enquanto isso, o uruguaio Liguera foi o responsável pela organização do meio-campo, ainda que de forma discreta. Mesmo assim, sua qualidade apareceu logo aos 16 minutos. Em falta cobrada com perfeição, Renan desviou e Bruno Mineiro fez 1 a 0 para os donos da casa. Mais uma vez, o Verdão sofreu com as bolas aéreas e levou desvantagem. Não há tempo de bola para os zagueiros, nem confiança para o goleiro Bruno sair do gol. Leandro Amaro, mal demais, não foi nem sombra do que Henrique costuma ser para a defesa alviverde.

A sorte do Palmeiras é que seus gringos resolveram dar uma resposta rápida. Sem cavanhaque e enfrentando uma fase de baixa – um gol nos últimos nove jogos – Barcos cobrava uma aproximação maior dos meio-campistas. E coube a Valdivia fazer o papel de garçom. Graças a um belo passe do Mago, o argentino tirou a “zica”, deixou Manoel no chão e tocou com suavidade na saída do goleiro, relembrando seus primeiros gols com a camisa do Verdão. Um longo abraço em Valdivia mostrou a união estrangeira que deu o empate ao time de Felipão.

Mas o Atlético tinha Guerrón, o melhor jogador em campo na primeira etapa. Em outra de suas escapadas, o equatoriano (em posição de impedimento) quebrou a zaga palmeirense com um drible e deu o gol para Edigar Junio. A torcida, que não lotou a Vila Capanema, explodiu e se empolgou, empurrando o time com ela.

Seria uma atuação de gala do Furacão se Liguera não prendesse tanto a bola, se Guerrón não perdesse tantos gols, se Bruno não tivesse feito um milagre em chute de Edigar. Do outro lado, o Verdão, previsível, apostou nas bolas paradas de Marcos Assunção, o imprevisível. Uma bola no travessão e uma defesa de Rodolfo impediram o empate. Igualdade só nas reclamações em relação ao árbitro Paulo Henrique Bezerra: atleticanos reclamaram de uma bola na mão de Maurício Ramos, palmeirenses cobraram um pênalti em Cicinho.

Briga estrangeira, gol à brasileira

O Palmeiras buscou bem mais o jogo, já que o Furacão se limitou a segurar a vitória parcial. Uma bola na trave de Barcos indicou que a pressão alviverde seria grande, e nem uma confusão entre gringos foi capaz de parar a reação da equipe de Luiz Felipe Scolari. Valdivia se irritou com Juan Ramón Carrasco antes de uma reposição de bola, não economizou nos xingamentos e levou cartão amarelo. Ao menos, o técnico do Atlético-PR foi expulso.

Sem o uruguaio no banco de reservas, o Furacão se desmontou e perdeu a referência. Quando Edigar Junio, Liguera e Guerrón olhavam para a lateral do campo, não havia mais quem passasse uma orientação extra ou uma dica de quem via o jogo de outro ângulo. E aí se fez a diferença. Com esse ângulo diferenciado, Felipão viu as brechas nas laterais do adversário e lançou Luan e Maikon Leite nas vagas de Mazinho e Cicinho.

A alteração surtiu efeito rapidamente. Aos 14, Maikon acabou com o “domínio” gringo e fez um golaço à brasileira, cortando o adversário na intermediária e acertando um belo chute de pé esquerdo – que normalmente só serve de apoio para o atacante. O 2 a 2 esfriou ainda mais a gelada Vila Capanema, e o Verdão, enfim, passou a jogar do jeito que queria: valorizando a posse de bola e explorando as deficiências dos laterais improvisados Pablo e Zezinho.

A torcida da casa fez pressão, perdeu a paciência e passou a jogar contra o Atlético-PR, que perdeu o título estadual para o Coritiba há poucos dias. “Vamos jogar, vamos suar, senão o bicho vai pegar” era o grito entoado pelos atleticanos. Se faltou suor ao Furacão, sobrou ao Palmeiras, que leva um bom resultado para a decisão da próxima quarta-feira.

Fonte: Globo Esporte

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