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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Espaço Exclusivo: entrevista com o goleiro Alonso, que atua no futebol tailandês

Hoje, no Espaço Exclusivo, entrevista com o experiente goleiro Alonso, que está jogando no futebol tailandês. Vamos conhecer um pouco mais sobre a sua carreira e as suas experiências, principalmente na Tailândia.



Alonso José Carvalho da Silva
32 anos
Niterói/RJ
1,92 cm
100 kg

O início da carreira

Comecei no São Cristóvão (RJ), mas um pouco antes de completar 15 anos fui negociado com o Grêmio (RS), aonde fiquei até meus 20 anos.

Títulos no Grêmio
Principais times da carreira

Os principais times em que atuei foram: Grêmio (RS), Fluminense (RJ) e Kuckuck Kickers (ALE).

Oportunidade no futebol asiático

Em 2003, trabalhei com o treinador de goleiros Sílvio César no Brasil. Oito anos depois, ele se lembrou de mim, sinal de que gostou do meu trabalho, e me trouxe para jogar no Chiangrai United, da capital tailandesa Bangcoc. É um grande profissional e um grande amigo que fiz no futebol.

O futebol na Tailândia

O futebol aqui é muito bom, é uma experiência diferente. A Tailândia é o país da Ásia que mais está crescendo atualmente. Estou feliz por meu trabalho estar fluindo e brilhando muito aqui.

Jogando na Tailândia
A torcida tailandesa

Cerca de 35 mil torcedores assistem aos jogos no nosso estádio. A audiência dos jogos na televisão também é muito boa. Quando jogamos fora de casa, os torcedores do Chiangrai se encontram para assistirem a partida em um telão, o que acho muito interessante. Todos os jogos em casa, eu entro com dez camisas, uma em cima da outra. No momento em que estou no aquecimento, dou uma volta olímpica e distribuo as camisas para os torcedores. Eles merecem.

A maior dificuldade

Sem dúvida, a minha maior dificuldade é o idioma. Nem todos aqui falam o inglês, idioma que estou aprendendo a cinco meses. Um dia desses, fui no shopping procurar um local que vendia "ticket" de passagem aérea, e a moça que me atendeu entendeu "chicken", galinha em inglês, e me mandou ir até a praça de alimentação. Foi engraçado!

Jogadores que marcaram a sua carreira

Ronaldinho Gaúcho, Cláudio Pitbull, Asprilla, Gabriel, Magno Alves, Alessandro Cambalhota, Yan, Danrlei, Murilo, Eduardo Martini e Gil Baiano.

Treinadores com quem mais se identificou

Cléber Xavier, no Grêmio, Valdir Espinosa, no Fluminense, Jair Pereira, no Mesquita e Marcelo Rospid, no Porto Alegre. Esses dois últimos são caras fantásticos.

Jogando na Alemanha
Jogo inesquecível na carreira

É difícil escolher, pois tenho 32 anos e joguei muitas partidas. Mas, em 2009, quando eu atuava pelo Mesquita, joguei contra o Flamengo no Maracanã e fiz inúmeras defesas difíceis e perdemos a partida apenas no fim do segundo tempo. O que mais marcou a minha carreira foi quando atuava pelo Kuckuck Kickers, da Alemanha. Sofri um acidente automobilístico gravíssimo, no qual o carro capotou por cinco vezes numa velocidade de 140 km/h e fui arremessado para fora do carro. Muitos médicos disseram que eu não voltaria mais a jogar futebol. Depois de alguns meses de tratamento e com muita fé em Jesus Cristo, voltei a jogar. Foi marcante!

Clube do coração

Na infância, torcia para o Vasco. Depois de morar mais de cinco anos no Olímpico Monumental, virei torcedor do Grêmio. Mas tenho um amor pelo Flamengo muito grande. A sua torcida não tem igual.

Futuro

Sobre o meu futuro é um pouco difícil de falar, quem vive de futebol, vive o momento, vive o hoje. O que posso dizer é que através do futebol, aprendi a viver, a saber entrar e sair, a ser educado e tratar as pessoas com carinho. Estou aprendendo línguas diferentes, conheci muitas culturas e países diferentes, como o Japão, a Alemanha, a Tailândia, o Paraguai e o Mianmar. Ainda vivi em dez estados diferentes no Brasil. Acredito que posso ser um grande técnico ou ótimo agente de jogadores no futuro.
Espero que após parar de jogar, meu filho Matheus chegue onde eu não cheguei no futebol. Se puxar a garra e a força de vontade do papai, será um grande goleiro, quem sabe o melhor do mundo um dia. 
Podemos ser o que quisermos, depende do nosso esforço. 

Um comentário:

  1. Muito legal essa entrevista. Pra mostrar que nem sempre de glórias vive um jogador de futebol.

    Parabéns!

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