O Atlético-MG segue sem conseguir repetir os bons jogos do início do Campeonato Brasileiro. Neste sábado, o time foi bastante pressionado pela Portuguesa, marcou um gol numa sobra de bola parada e deixou o Canindé com um empate por 1 a 1, tendo agora que torcer para que o líder Fluminense não dispare neste domingo, quando joga o Fla-Flu.
Dida e Ronaldinho se cumprimentam durante o duelo entre Lusa e Atlético (Foto: Gazeta Press) |
Com a igualdade, o Atlético-MG foi aos 53 pontos, três a menos que o tricolor carioca que pode disparar amanhã, quando enfrenta o Flamengo. Já a Portuguesa chegou aos 33, ocupa a 13ª posição e pode ser superada por Santos e Bahia, que jogam neste domingo.
No primeiro tempo, a Portuguesa até conseguiu marcar um gol com Bruno Mineiro, mas o árbitro anulou após a bola resvalar na mão do centroavante da Portuguesa antes da finalização por baixo do goleiro Victor. E no início da etapa final, Léo Silva aproveitou sobra na área para abrir o placar a favor da Lusa.
Os mineiros foram para cima e chegaram no empate. Ronaldinho Gaúcho bateu falta, a bola explodiu na barreira e sobou para Bernard, que soltou o pé e superou Dida. Pouco depois, Leonardo Silva fez falta em Boquita, foi expulso e deixou o Atlético-MG com um a menos aos 23 minutos.
Ronaldinho ainda bateu falta na trave, mas as melhores chances foram da Portuguesa, que seguiu pressionando muito e perdendo gols dentro da área atleticana. No fim, os mineiros se seguraram num final de jogo que, por pouco, os paulistas não chegaram à vitória.
O jogo
A torcida do Atlético-MG se sentiu em casa no Canindé. Em bom número, os visitantes chegaram cedo ao estádio da Portuguesa e aproveitaram o período de espera até o jogo começar para se confraternizar nas arquibancadas. Também provocaram o público adversário e até tietaram a médica loira que estava diante da ambulância, à beira do campo. Quando o placar eletrônico anunciou de forma equivocada que a partida já estava 2 a 0 para o Galo, a alegria ficou ainda mais intensa.
A animação dos atleticanos, no entanto, não se alongou no primeiro tempo. Sem criatividade no meio-campo, a equipe comandada por Cuca só se mostrou capaz de incomodar a defesa da Portuguesa através de jogadas de bola parada. Do outro lado, Geninho mantinha a preocupação com o segundo colocado do Campeonato Brasileiro: “É um jogo difícil. Enfrentar o Atlético é sempre complicado, independentemente de qualquer situação. O time deles vai se encaixar de novo em algum momento”.
Os jogadores da Portuguesa seguiram os alertas do comandante e apertaram a marcação sobre o Atlético-MG. No ataque, a ordem era se movimentar de um lado a outro do campo para confundir a defesa rival. Moisés foi o mais ágil entre os lusitanos, na maioria das vezes levantando a bola na área para Bruno Mineiro. Victor, “o melhor goleiro do Brasil” para os atleticanos que ainda estavam empolgados no setor visitante, afastava o perigo nas jogadas aéreas.
O Atlético-MG tentou se reorganizar sob os gritos de Cuca. Faltava velocidade, contudo, para o time se aproximar do gol defendido por Dida. Ronaldinho Gaúcho, com alguns cruzamentos da esquerda, e Jô, com chutes tortos, até tentaram atrapalhar o goleiro veterano – sem sucesso. Para piorar, o volante Pierre se machucou e precisou ser substituído por Serginho aos 32 minutos.
No final do primeiro tempo, a Portuguesa transformou o seu maior volume de jogo em chances de gol. Aos 37, Boquita carregou a bola com categoria e arriscou o chute, obrigando Victor a espalmar de mão trocada. Pouco depois, Ananias levou a melhor sobre Bernard (o meia reclamou de falta no lance) e acionou Bruno Mineiro, que acertou a rede. O árbitro Elmo Alves Resende Cunha viu toque de mão no lance e virou inimigo da torcida da casa. “Ladrão, ladrão, ladrão!”, cantaram os lusitanos.
Logo no princípio do segundo tempo, a revolta da torcida da Portuguesa virou alegria. Léo Silva ficou com uma sobra de bola na área do Atlético-MG depois de cobrança de falta de Moisés e completou para o gol aos cinco minutos. Os protestos, então, mudaram de lado. Os atleticanos pediram falta em Victor na jogada, mas a arbitragem não deu ouvidos. O gol era o que restava para a partida finalmente ficar mais movimentada no Canindé.
Cuca não se contentou com a mudança de disposição de seus jogadores. Aos 14, o técnico trocou Danilinho, que saiu mancando, por Guilherme. Seis minutos depois, comemorou o gol de empate do Atlético-MG. Ronaldinho Gaúcho cobrou falta por baixo da barreira, e a bola sobrou para Bernard bater com força e estufar a rede. “Vamos virar!”, gritaram os reanimados torcedores mineiros.
A euforia atleticana foi abalada pela falta dura que Leonardo Silva cometeu em Boquita. O zagueiro acabou expulso, fazendo com que Cuca gastasse a sua última alteração para corrigir o buraco na defesa. Luiz Eduardo substituiu Marcos Rocha e quase viu um gol de sua equipe assim que entrou em campo. Em nova cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho, aos 27, a bola parou na trave. Assustado com o lance, Geninho trocou Ferdinando por Michael em seguida.
Em vantagem numérica, a Portuguesa se lançou ao ataque da metade do segundo tempo ao final do jogo e pressionou bastante o Atlético-MG, que voltou a ficar à espera de jogadas de bola parada para tentar chegar à vitória. Nenhum dos times conseguiu mexer novamente no marcador.
Fonte: ESPN Brasil
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